É tanto
amor...
Chega a
inventar que é desespero,
É
aquele hálito do deserto
Na alma
a crepitar.
A morte
que vigia.
O corpo
levemente áspero.
Copo e
corpo estilhaços.
O vento
a passear.
Alma
peregrina me iludiu,
Roubou
o que tanto eu guardava,
Agora
passa ao longe,
Perto
poderia estar.
Por
onde andas minh’alma?
Aonde
vais ao longe!
Alma
peregrina
Perto
podes ficar.
É tanto
amor,
É tanto
amor,
Que
chega fora do corpo habitar.
É tanto
amor,
É tanto
amor
Que a
alma peregrina,
Riste,
triste, viste
Vai ao
longe te buscar.
É tanto
amor,
E que
nasce sem ter
Seio
para o alimentar
Cresce
sem esteio,
Sem
alimento para o saciar.
É tanto
amor
Nasce
de fonte a secar,
Esperança
que se esquece
Menino
problema sozinho cresce,
Amor
perdido a germinar.
É tanto
amor
Da alma
que se apossa,
É
brandura que goteia
Rio sem
nascente,
Sem
prumo, sem curso, destino,
Nem
aonde vai desembocar.
É tanto
amor
Que se
alojou no estreito,
Dentro
do peito de um jeito,
Não há
como tirar.
Foi um
tiro sem erro, nem compaixão.
E
depois só me deixou essa graça triste,
E o
desastre em minha mão não viste,
A queda
que tanto vivi a sonhar.
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