Não te atinge o que te mira através do espelho?
Não sei quanto é possível aguentar esse reflexo...
Nem tão pouco a hora que passa pelas tuas costas,
Muito menos a sensação da perda de identidade.
O que o espelho constrói, a minha alma regurgita,
E teu semblante que vejo por entre os anjos,
Sabia que te reconheceria por entre as asas? Sabia?
Da inverossimilhança, testifico teu desapreço,
E isso me afeta e me deixa ruborizado.
Pelo acaso vejo barcos trombarem uns nos outros,
E a confusão se transforma em teu rosto,
As solidões de tufões aceito de
bom grado.
Nas mãos que te rasgaram tuas vestes
E juntaram as pedras amontoadas em cima do muro,
Atiras em meu rosto cada nó de indiferença.
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