sexta-feira, janeiro 11, 2013


Vai, foge. Pode correr. Pula o muro, se estrepa toda, levanta e continua. Eu te dou alguns minutos de vantagem. Foge. Ainda dá tempo, penso. Grita, chora, se joga nos vãos da vida.
Esperneia, tenha raiva, murmure, gesticule, simule, decaia, pragueje, amaldiçoe. Mas então foge. Para o mais longe que tu puderes. Tente. Vai, pode correr, tentar esquecer. Até dormir vale. Se entope de Rivotril. Não tem por onde ser diferente. Eu estou em você. Você está em mim. Eu que não sou besta, não fujo e te espero. Mas se você é teimosa e quer tentar... Vai, foge. Eu ainda estarei aqui, sentado, fazendo palavras cruzadas procurando sinônimos de luta e de amor desesperado. Quando cansares de me esquecer basta suspirar meu nome e voltar.

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