terça-feira, setembro 04, 2012

Negra noite.


Esta negra noite que me cala,
Na virada da minha dor temida,
Esta negra noite que me fala,
O que de ti não sei sentir...

Esta minha dor, tão dor, tão só,
Tão sem sentido, minha real inverdade.
Esta negra solidão ilusória,
Que me rasga como tecido morto.

Esta negra dor veneno,
Incauta perfídia que me castiga,
Essa dor veneno, minha dor de vício,
Amor negro solitário da minha vida.

Esta negra dor que me fala,
O que não se deseja ouvir tão só,
Esta negra noite que me marca,
A me deixar a alma doída, sem dó.

Esta negra marca que não resguarda os sentidos,
Consome o peito doentio de amores,
Esta negra marca de pendores doídos.
Tardio, marcado, resvalado de pudores.

Esta negra sina bravia,
Marcante, intensa nas negras noites solitárias,
É o que se faz marcar tremores e sangria,
É o que se faz atar laços de linhas imaginárias.

Esta negra noite que se vai,
Para longe de mim te levou,
Só o amor ficou... nada mais,
Sem ti, sem dó, sem beijos...
Partiste!

Nenhum comentário: