Teus
olhos.
Esvoaçam-se
nas mais ternas alegorias....
Um mar
revoluto de solidão e amor,
De mel,
doce, terno.
Esse teu mar me enfeitiça.
E por
isso para não pensar em você,
Resolvi
te inventar,
Sim. Somente
deste modo eu poderia ser dono
Das
minhas vontades,
Poderia
moldar um beijo teu,
Poderia
inventar teu perfume,
Poderia
esculpir tuas mãos de menina,
Tudo
seria o que mais de ti eu gostasse...
Mas
porque, ainda não sei,
Ainda
assim, tudo saiu errado,
Algo continua
a gritar e pular aqui dentro de mim,
Quando
ao longe te avisto.
Não
sei, sei lá, sei lá...
Eu sinto
que é assim que eu vou me entregar,
E o meu
erro é saber que te gravei na ponta dos meus dedos,
E na
rasura dos meus pensamentos,
Essa
foi a sentença que eu assinei sem saber,
Quando
sorvi os teus beijos.
Foi
pensando em te escrever um poema,
O qual
eu sei que nunca você irá o ler,
Que
essa entoação de uma balada solitária,
Será
cantada vezes por mim sozinho a pensar em você,
Olhando
teu nome no papel esquecido no final de um livro.
Foi
pensando em te escrever esse poema,
Que eu
pensei em reafirmar toda a minha sina de poeta,
O
coração em dor novamente escrever minha própria vida,
E assim
o ser sempre, o revés para o cadafalso,
Até que
se faça término minhas mais raras expectativas.
Mas o
fato é que por entre este poema,
Há uma
estrofe que insiste em se dizer,
Que
insiste em se proclamar,
Que
insiste em se dizer você.