Eu não sei disfarçar a tristeza,
Eu não sei estampar alegria,
Sou um péssimo ator,
Não consigo, eu tento, mas não consigo.
Nessas horas não sei ser divertido e engraçado,
Ter um papo legal e interessante,
Trocar olhares, conhecer e fazer “novos amigos”,
E dizer: Venha, aproxime-se, eu sei ser legal.
Não sei disfarçar a dor que alguns só a revelam na hora de
deitar.
No escuro revelam-se as lágrimas, rancores, arrependimentos,
No escuro revelam-se as desculpas e a procura de se fazer culpa,
No escuro se concretiza a dor de ser novamente uma metade
afoita,
No escuro tudo pode, ser você, não sorrir, e se cansar de
viver.
Eu sei.
Você é carente e isso te motiva, te dá forças e até novas alegrias.
Pensar em novas paixões até durante a tentativa frustrada de
me ligar,
E virá uma paixão que te tirará do destino de ser a mulher dos gatos.
Damn...
Eu vou tentar juro que vou tentar ser assim como você.
Eu vou tentar juro que vou tentar seguir assim como você.
Eu vou tentar juro que vou tentar ser alegre pra valer,
Eu vou tentar juro que vou tentar a nossa história esquecer.
Minha ruga em riste no meio da testa me condena,
Teu nome lá, estampado em todas as letras.
Eu tento, mas eu sou muito mau ator,
E nessa hora os meus grandes óculos não me escondem,
É mentira o riso lerdo, e todo mundo sabe, todo mundo
percebe.
E eu que num breve horizonte perdulário,
Tenho medo de fechar os meus olhos e pensar em você,
Um desconhecido beijo pode no curso balbuciar o seu nome,
Mas eu vou tentar.
Eu vou tentar, juro que vou tentar,
Mas como na Dialética, Vinícius disse: “... é que eu sou
triste”.